O pânico anda a tomar conta do mundo. Estranhamente, não estou a falar de terrorismo. Estou a referir-me a uma cancrofobia que tomou conta de tudo e todos. Não existe um único produto no mercado que não contenha substâncias cancerígenas. Pomadas, ambientadores (estas duas foram noticiadas hoje e ontem), frangos (de estaleca, só no Xaneca), pacotes de batatas fritas (Avó Matilde Rodelas era uma das piores e um mito desmoronou-se), perfumes famosos (daí eu comprar apenas desodorizante e na FIC - Feira Internacional de Cascais), Molho Inglês (mas quem é que ainda usa Molho Inglês?), ou até roupas de bebé (ROUPAS DE BEBÉ?, o mundo está perdido!). Quem é que se lembraria de fazer testes a substâncias cancerígenas em roupa de bebés?
Este pânico toma conta de tudo e todos. Alguns dos meus melhores amigos não pisam alcatrão, foram viver para o campo, os seus filhos bebés andam nus, só usam o bom e velho Old Spice, isto tudo apesar de continuarem a fumar! Admito, tenho amigos estouvados!
Quando soube que a maioria dos preservativos disponíveis no mercado alemão continham substâncias cancerígenas atirei-me ao ar! Até os preservativos? Não que me interesse a vida sexual dos alemães, mas eles são o motor da economia europeia! Não quero um motor gripado a puxar-me.
Vou viver para o Tibete, transformar-me num troglodita, nu, descalço, sem relógio, sem electricidade e saneamento básico, desonrar as minhas fezes ou expelir pela uretra na terra-mãe, adoptar uma atitude recolectora e amar ao natural. Mas o cigarrinho ninguém me tira, porque isso sei que faz mal. Vem lá escrito.
As roupas de bebé! Ainda estou a pensar nisso. Só a imagem me horripila. Qual imagem?
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