Vídeos com alguma facécia

Agora é possível desfrutar de alguns vídeos relacionados com os textos. Para isso basta carregar no título do post. O título é aquela coisa a Negrito, com umas letras maiores, e que antecede as profícuas palavras deste blog. Advertência: Caros leitores, estão completamente proibidos de ver os vídeos antes de lerem as barbaridades escritas, correndo o risco de serem atingidos por uma comichão deveras desagradável na zona da púbis, seguido de pé-chato nas mãos e escorbuto nos tornozelos.

Tuesday, December 20, 2005

Pais-Natal pendurados

Muito se tem falado desta moda que assola Portugal: a praga de Pais-Natal pendurados um pouco por toda a parte. E por já muito ter sido dito, decidi não dizer mais nada!

A grande dúvida do dia

Hoje vamos estar perante o verdadeiro tira-teimas. Quem será que vai ganhar? Embora uma das partes esteja com a vitória praticamente assegurada, só hoje vamos confirmar para que lado pendem os portugueses.


DEBATE


ou


NOVELA?


Eu já escolhi:




Quero saber quem matou o António!

Thursday, December 15, 2005

1 ANO

Aqui o Profi Trolls fez um ano no dia 1 de Dezembro. Muito obrigado pelas 15 parabenizações!


Tudo começou a 1 de Dezembro de 2004 com O Nascimento!
E continuou...


E dando uma volta completa, cá nos vemos chegados, uma vez mais, a Dezembro. Desta vez de 2005. E agora? Agora não sei!


A enumeração mensal foi uma aposta (ganha), em como sabia o nome e a ordem dos 12 meses do ano. Peço desculpa! Parabéns para quem ler isto também, já agora.

A Entrevista Possível com… Gonçalo da Câmara Pereira

Um Presidente para Portugal


Gonçalo da Câmara Pereira não é um político profissional, mas, em 1974, foi fundador do Partido Popular Monárquico (PPM) do qual é actualmente vice-presidente e, nas últimas eleições autárquicas, foi eleito vereador da Câmara Municipal de Arronches. Visto isto, podemos considerar que Gonçalo, apesar de não ser um político profissional, ganha umas coroas com um part-time na política. É poeta, fadista, agrónomo e monárquico com direitos sucessórios ao Trono de Portugal (e quem sabe de Andorra, Granada, Obus e Morteiro), contudo isso não o impede de, como cidadão português, concorrer à eleição ao mais alto cargo da República, principalmente nesta hora tão séria a nível nacional e mundial. Claro que se fosse uma monarquia não tinha de se dar a este trabalho todo, que é uma maçada, diga-se de passagem. Já o pudemos ver no quadrado mágico, na TVI, a cuidar de vacas, cabras, galinhas e também alguns animais.


-O que o levou a candidatar-se?

É o dever de qualquer cidadão português preocupado! E eu sou preocupado, disso não tenham a menor dúvida. Preocupa-me saber se a Leonor Sousa já mudou de número de telefone, se o Batanete anda a dizer mal de mim, se continuo com o tacho no 24 Horas, se o Estado dá umas coroas aos agricultores por causa da seca. Sim, porque na minha herdade não chove há cinco anos (ou até mais). Eu conheço os portugueses e posso representá-los em Belém num cargo que, ao contrário do que se quer dar a entender, não tem responsabilidades de governação. No fundo é viajar, comer, falar estrangeiro e conhecer gente com poder. A única diferença relativamente ao que já faço é que como Presidente da República acontece em maior quantidade e ainda recebo para fazê-lo. E eu penso, já que tem de ser alguém, porque não eu?


-Pondera fazer uso da Bomba Atómica (dissolver a A.R.) caso tenha uma espongivite, magipose ou gases, e o Primeiro-Ministro não faça tensão de o ajudar?

Primeiro que tudo, uma pessoa do meu estrato social não lança gases. Relativamente a magiposes e espongivites já não é possível negar. Tive e com imensa frequência. Como deve saber, quem priva, como eu, com imensos animais, é alvo dessas enfermidades, até porque nem todas são de confiança, vêm lá do estrangeiro e... Ops... Quer dizer, quando falo delas refiro-me às bestas, óbvio! No entanto, tenho medicamentos e mezinhas de sobra para casos desses. Voltando aos gases, devo fazer uma confidência: uma vez por outra largo-me. Claro está que apenas na privacidade dos meus lavabos, ou quando estamos entre amigos. Nunca na presença de uma senhora. Entre amigos, é até uma ostentação de marialvismo. Eu sou um marialva e nessas situações ninguém me pára. Os meus amigos até dizem que não há ninguém com o meu traquejo.


-Em que medida se sente apoiado por um partido, um inteiro ou outra coisa qualquer?

Sou apoiado pelo PPM. É o meu partido! Sendo vice-presidente do PPM, é natural que me admirem, me amem, me adulem, me bajulem, me apapariquem, me contemplem, no fundo, se verguem perante a minha superioridade adquirida à nascença. No entanto, não almejo agregar o voto de todos os monárquicos. Sei que tal não é possível pois tenho um adversário de alto gabarito. Não podemos esquecer que temos outro candidato que pretende fazer nascer uma nova espécie de monarquia. A monarquia republicana. Não escondo que estou a falar de Mário Soares. No entanto, creio obter o apoio dos fadistas, uma vez que este país precisa de mudar de fado. Não faço a mínima ideia do que esta frase significa, mas calculei que criaria algum impacto ao dizê-lo.


-Caso tenha poderes para tal, pondera vender a Madeira? E os Açores? E o Continente?

Nunca! Não podemos vender terra que tanto custou a conquistar aos mouros e assim. Essa malta que gostaria de ver partes da nossa pátria vendida são uns rotos. A minha proposta é no sentido inverso. Proponho anexar as Canárias, as Periquitas e quem sabe as Papagaias. No fundo é uma questão de gosto. Proponho também um ataque militar e consequente anexação do Peru (até porque as ceias de Natal ficariam substancialmente mais baratas). Além disso, as ex-colónias são de uma importância tremenda. A Nobreza não andou a levar cachaporra na cornadura para nada. Temos de voltar a conquistar esses países e colocá-los de novo sobre nossa alçada. Falo também do Brasil; aquelas mulatas dão cabo de mim. É imperativo instaurar o direito de pernada e recolocar Portugal nos mapas mundiais como a coutada do macho latino por excelência.


-Coloca a hipótese de o poder lhe subir à cabeça (ou a outros locais à sua escolha)?

Na cabeça de um monárquico só entram uma coroa ou Restaurador Olex. Tudo o resto são vertigens. Eu não prometo empregos para todos nem o céu na terra. Nisso o Clero é soberano. Vou dar uma identidade a Portugal. Uma identidade e um bilhete, já agora. Não é contra ninguém, é por Portugal. E nas cabeças de Portugal faz falta Restaurador Olex. A população está envelhecida e um pouco Olex, escondia os cabelos brancos e a idade de reforma até poderia ir mais longe. Propunha até que os portugueses se reformassem pelo número de cabelos brancos detido. Nesse sentido, por exemplo, o António Calvário ainda está para as curvas. Para as curvas e para os rectos... perdão, para as rectas. E a Maria José Valério? Adiante. Não só nada vai subir a lado nenhum, como a minha presença em Belém irá contribuir para a imagem de Portugal no mundo e atrair a atenção internacional para a Democracia em Portugal, nem que seja pelo absurdo da situação...


-Já conhecia o Profi Trolls?

Não, admito que nunca tinha ouvido falar de vós. Mas, é bem possível que vocês também nunca tenham ouvido falar de mim. Mas quero agradecer esta oportunidade, uma vez que ainda ninguém se tinha lembrado de mim. Admito que a minha página na internet é insignificante, mas esperava que alguém se pudesse lembrar de mim. Nem a Elsa Raposo me telefonou. Estou triste, mas da tristeza se faz o orgulho, e do orgulho se faz outra coisa qualquer que agora não me lembro. É possível mudar! Existe alternativa (pelo menos no mundo tauromáquico)! Só a minha eleição para Presidente da República poderá fazer nascer um Portugal mais moderno e democrático, onde as soluções de liderança são aquelas que o povo escolhe (por mais estranha que esta frase possa convir, vinda da boca de um monárquico – mas se até o meu irmão aplaudiu de pé o Viva a República em plena Assembleia, o que posso eu fazer?). Já agora, quantos é que vós sois? Três? Já pensaram votar em mim? Posso tentar falar do Profi Trolls ao Birzalhão, à Júlia Pinheiro, ou até ao Moniz...

Foi a Entrevista Possível. Obrigado!

Friday, December 09, 2005

A Entrevista Possível com… Nelson Magalhães Fernandes

Nem esquerda, nem direita, Portugal e os portugueses
(um emigrante para Presidente)



Nelson Magalhães Fernandes, natural de Vouzela, nascido em 1955, é candidato a Presidente da República Portuguesa, nas Eleições Presidenciais a terem lugar em Portugal no ano de 2006. Tem cinco filhos e pondera ainda bater o número de Roberto Carneiro, uma vez que procriar é um gosto. Em 1978 emigrou para Inglaterra, acabando por regressar mais tarde para ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. As dificuldades económicas e o pé de atleta levaram-no novamente para fora, nomeadamente para a Suiça, onde trabalha como chefe de mesa. Nelson Fernandes foi candidato da Nova Democracia pelo Círculo da Europa nas anteriores Legislativas, não tendo no total de votos o somatório do seu agregado familiar recenseado. Como bandeira apresenta a portuguesa. Defende a união dos portugueses, a defesa dos que vivem lá fora (emigrantes, não confundir com sem-abrigo) e a juventude. Acredita que a façanha de se candidatar não deixa de ser uma loucura (que o próprio acredita necessitar de acompanhamento médico especializado), embora espere que, pelo menos, sirva para passar a sua mensagem (uma vez que ainda não aprendeu a enviar mensagens escritas do novo telemóvel).


-O que o levou a candidatar-se?

Levou ou leva? Hehehe, piada de chefe de mesa, sabe como é… É um sonho antigo. Ainda hoje acordo todo transpirado. Tomo uns comprimidos e embora ainda não esteja totalmente curado, já deixei de acordar com uma faixa tipo miss e a condecorar pessoal a torto e a direito. Não sabe o que é acordar no dia 10 de Junho a pensar que tinha acabado de condecorar a Paula Bobone. A minha candidatura prende-se com a juventude que está em Portugal e os emigrantes. Um terço dos portugueses (a população portuguesa que se estima emigrada) não tem voz no que é legislado em Portugal. SAI UM RÖSTI! E nem a Mebocaina nos pode salvar. É como se nos mantivessem permanentemente constipados e roucos. Temos de reconciliar os portugueses que estão dentro com os que estão fora, e sinto ser esse o meu desígnio (além de um tremendo jeito para fazer chefe de mesa). UMA COLA PARA A MESA 3!


-Pondera fazer uso da Bomba Atómica (dissolver a A.R.) caso tenha uma espongivite, magipose ou gases, e o Primeiro-Ministro não faça tensão de o ajudar?

Quando estive em Inglaterra tive três magiposes derivado do frio. Não sei se sabe mas o frio potencia o vírus e o dia todo em pé rebenta-me as cruzes. Curei-me com vinagre em pó, colocado no períneo, a cada 12 horas. Felizmente nunca sofri de espongivite, mas o meu calcanhar de Aquiles são, sem dúvida, os gases. O meu pai, quando eu era mais moço, chamava-me o pequeno géiser (pequeno para eu não ficar demasiado pedante)! UM PRATINHO DE COUVES DE BRUXELAS PARA A MESA 5! Mas na Suiça, o gás é mais considerado; uma ou outra flatulência até fica bem no meio de certas conversas. É cordialidade, é anuência! Isso é outro factor que me entristece. Um expatriado quando se bufa é olhado de lado; em Portugal um qualquer residente larga-se e é aplaudido de pé. Não pode acontecer, e o Governo, na pessoa do Primeiro-Ministro, tem todo o poder para fazer fenecer esta desigualdade legislando nesse sentido, logo, dissolvia, sem sombra de dúvidas a Assembleia da República. SAI UM FONDUE DE QUEIJO!


-Em que medida se sente apoiado por um partido, um inteiro ou outra coisa qualquer?

Como sabe fui candidato pelo Círculo da Europa pelo partido da Nova Democracia. O Dr. Manuel Monteiro é um visionário – pelo menos ele diz que já vê melhor desde que acertou a graduação. Mas nestas eleições decidi ir sozinho. O meu apoio é a massa de emigrantes que grassa pelo planeta Terra. Mais planetas habitados existissem e mais portugueses encontraríamos emigrados. MANEL, ARRANJA-ME ESSE LAÇO, CARAÇAS! O QUE É QUE OS CLIENTES VÃO PENSAR? E LEVA O MOSCATEL À MESA 1! É o nosso fado (embora não desdenhemos uma cançoneta do Quim Barreiros)! Sinto que a massa emigrante (e aqui também uso a palavra massa no sentido de capital) pode fazer muito por Portugal. As Transferências dos Emigrantes têm um peso desvalorizado pelos governantes. A nível da Contabilidade Nacional as Transferências de Emigrantes têm a sigla TR (ou Tr). Até aqui se nota a depreciação. Onde anda a referência aos Emigrantes? Porque não TRE (ou TrE)? Eu frequentei Direito mas tive cadeiras de Economia, e não me saí nada mal. Quer dizer, nessa altura estava mais cheio e as ombreiras das portas por vezes placavam-me. OLHA A CONTA P’Ó DR. AUCHAN, CATANO!


-Caso tenha poderes para tal, pondera vender a Madeira? E os Açores? E o Continente?

Essa é uma questão que desde sempre me afligiu. E quando digo desde sempre posso perfeitamente estar a falar de ontem. A Madeira e os Açores são locais que também sofrem. Mas esses são recompensados monetariamente pelo Estado português para sofrerem. Nós nicles batatoides. A Madeira e os Açores são ilhas, e assim sendo, desde que pelo valor certo, poderia vendê-las para fazer uns anexos no meu chalet em Trás-de-Outeiro. Também podia colocar aquela fonte com a estátua do miúdo a fazer a mijoca, saindo a água pela ponta do falo, como é óbvio, que eu não tenho mau gosto. Mas pensando melhor, as telhas pretas envernizadas ou até os azulejos na fachada seriam prioritários. O VINHO JÁ DEVIA TER PASSADO DO GARRAFÃO PARA AS GARRAFAS! QUANTAS VEZES JÁ VOS EXPLIQUEI?! E NÃO SE ESQUEÇAM DE PÔR AÇUCAR E AGITAR NO FIM! Mas estou a falar de azulejos de qualidade superior. Daqueles com base lilás e com umas petúnias cien desenhadas, a acompanhar uma cabeça de javali numa cama de dossel, no canto superior de cada azulejo. O que eu gosto de azulejos pinocas. No fundo, não confirmo nem desminto. É sempre uma situação a pensar.


-Coloca a hipótese de o poder lhe subir à cabeça (ou a outros locais à sua escolha)?

Hahaha! Meu amigo, alguém que chegou a chefe de mesa não se deslumbra com o cargo de Presidente da República. Não é um cargo menor, mas não dá as gorjetas aqui do restaurant. Todos os dias lidamos com gente do mais importante que há por aí fora. Desde o Eusébio à Romana, passando pelo Tony Carreira ou até à Teresa Guilherme. Quer se dizer, não é?! Até me deu vontade de rir. EPÁ, PORRA, AS CHALCHICHAS ESTÃO A ARREFECER NA COZINHA E TU ESPECADO A OLHAR PARA A TELEVISÃO! TOCA A ANDAR! E relativamente aos lobbies, não precisam de se preocupar. O que eu passo todos os dias por causa do lobby dos bifes bem-passados versus mal-passados. Até manifestações fazem à porta. Mas eu não cedo. Aliás, nem cedo nem tarde! E à noite muito menos! Se é mal-passado é mal-passado, e acabou! Comigo ninguém faz farinha. Ainda está para nascer mó que me moa!


-Já conhecia o Profi Trolls?

Cá no restaurant, uma vez por semana, a sobremesa é isso. Eu sou-lhe sincero, prefiro leite-creme ou uma moussezinha caseira, mas conhecer, óbvio que conhecia, ou não fosse eu chefe de mesa! CARLOTA, PORRA, AS BRINGELAS SÃO PARA HOJE OU PARA AMANHÃ? QUEREM DEIXAR O FUTURO PRESIDENTE MAL VISTO NA COMUNIDADE? NÃO TARDA NADA É TUDO DESPEDIDO, Ó CAMANDRO!

Foi a Entrevista Possível. Obrigado!

A Entrevista Possível com… Nulo

O Nulo é mais que um zero!

De longe, o candidato mais idoso. Perde-se nos anais da história o primeiro voto Nulo. Diz-se olvidado e marginalizado nas sondagens e pela comunicação social. Insurge-se e não percebe como é que alguém, que consistentemente vem numa dinâmica de crescendo nos resultados ao longo do tempo, é ostracizado, até pela opinião pública. Nunca ouvi ninguém dizer que iria votar Nulo; mas a verdade é que depois aparecem nos resultados – desabafa desgostoso. Crê que os media, propositadamente, o vetam. Marcou presença em todas as eleições disputadas, descortinando-se um certo pundonor quando o refere. Como ex-libris da sua história refere o voto nulo de Cid, que caricaturou todos os candidatos no verso do boletim. É uma honra, declara. Não gosta de bolo-rei, mas adora um harmonioso graffiti abstracto, especialmente no muro de um qualquer condomínio privado.


-O que o levou a candidatar-se?

O mesmo de sempre. Protagonismo. Gosto que se fale em mim. Mas fico sempre desiludido. Os portugueses não são muito gatafunheiros. Num jornal ou numa revista são homens (ou mulheres) para fazer uns cornitos, um bigodito ou até uma barbicha numa fotografia; chegados ao boletim de voto a coisa pia mais fino, acabrunham-se. O português gosta mais de riscar portas de casa de banho.


-Caso vença, pondera fazer uso da Bomba Atómica (dissolver a A.R.) caso tenha uma espongivite, magipose ou gases, e o Primeiro-Ministro não faça tensão de o ajudar?

Felizmente sou um candidato abstracto, logo não espero ser assolado por tamanhas patologias. Mas, caso me depare com uma situação semelhante, não encontro razões para usar a Bomba Atómica. Na pior das hipóteses, vejo-me a enviar um projecto-lei garatujado com dizeres ordinários ao Tribunal Constitucional. Mais que isso não me estou a ver fazer. Talvez riscar o carro oficial do Primeiro-Ministro? Não sei, a sério que não sei.


-Em que medida se sente apoiado por um partido, um inteiro ou outra coisa qualquer?

Nesse aspecto tenho de agradecer a todos os candidatos. Nenhum deles é especialmente bonito, logo, custa menos rabiscar a sua foto. Não são propriamente os partidos os meus apoiantes. Já dos inteiros não posso dizer o mesmo. Mas digo. As eleições presidenciais são sempre uma eleição à parte. Enquanto nas outras é o símbolo do partido que aparece no boletim de voto, nestas estamos perante fotos de candidatos. Há até quem diga que é o único momento em que os políticos dão a cara. Assim sendo, cresce a vontade por rabiscar narizes ou ornamentar umas testas. A minha base de apoio encontra-se na fealdade dos candidatos. Não é de desprezar o apoio sentido pelos artistas metafísicos e absortos, embora se amedrontem um pouco na hora de anular o voto.

-Caso tenha poderes para tal, pondera vender a Madeira? E os Açores? E o Continente?

A Madeira nunca. A madeira serve para fazer lápis. Os lápis são os elementos que permitem a iniciação ao rabisco. As crianças começam a escrever com lápis. Os Açores com toda a certeza. O açor é um pássaro e como tal caga as árvores todas, desculpe a linguagem. Cagando as árvores, diminui a qualidade da madeira que irá fornecer os lápis ao garatujeiros deste Portugal. Mas para ter uma posição oficial, pergunte isso ao meu Mandatário para o Desenho Figurativo, se fizer favor. Já o Continente está fora de hipótese. O Continente vende todo tipo de elementos que permite o gatafunhar e a preços bastante em conta. Além disso o Belmiro tem uma cara bastante rabiscável, o que não posso de forma nenhuma desprezar. Não pode ser nada. Desculpe.

-Coloca a hipótese de o poder lhe subir à cabeça (ou a outros locais à sua escolha)?

Como já referi anteriormente, sou um candidato abstracto, logo não tenho cabeça. Diga-se de passagem, acreditar que, o facto de não ter cabeça (e por consequência, não pensar) pode ser um elemento a meu favor relativamente aos outros candidatos. De qualquer forma o poder nunca poderia alterar a minha personalidade. Desde muito novo que sempre fui muito nulo. A minha mãe até dizia: Nulo, vê lá se não te tornas no elemento neutro da soma e absorvente da multiplicação, à esquerda, hã!! Como deve saber a minha mãe falava do zero. Sempre fui assim! Não é um cargo desses que me vai fazer abusar. Quer dizer, uma Mont Blanc sempre é uma caneta diferente, mas mesmo assim...


-Já conhecia o Profi Trolls?

Já! É bastante apreciável. Gosto muito da forma como escrevem. Gosto especialmente da nulidade da escrita demonstrada por parte de alguns elementos. Alguns? Eu disse alguns? Oh que disparate, desculpe. Por todos, como é óbvio. Detesto segregacionistas e estava a comportar-me como tal. Têm todos uma nulidade na escrita bastante apreciável.

Foi a Entrevista Possível. Obrigado!

Wednesday, December 07, 2005

A Entrevista Possível

Sempre que os temas Serviço Público ou Pluralidade são aflorados, estamos perante uma lapalissada (ou lapaliçada, como preferirem) a relação directa com os Profi Trolls. Poderão perguntar mas que espécie de Serviço Público e Pluralidade estão para aí vocês a falar? Reservamo-nos ao direito de não responder, porque não só temos os nossos tabus, como a subida nas sondagens é inevitável após um qualquer silêncio (que se vai subir nas previsões).
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Já está! Subimos π% nas projecções! Para os 66% que chumbaram no exame de matemática do 12.º ano, π=3,14 re-béu-béu pardais ao ninho! Infrutífero uma vez que não somos candidatos. Temos pena!
É nesta senda que nos orgulhamos de apresentar: A Entrevista Possível. Falamos de entrevistar candidatos a candidatos (ou pré-candidatos, ou outra coisa qualquer que inclua a palavra candidato lá pelo meio) à Presidência da República. Ponderámos entrevistar outros candidatos, nomeadamente ao ensino superior ou até do concurso de professores (uma vez que gostamos de esticar a pluralidade até ao limite – ou ao ridículo, como preferirem). Porque não levámos nós esta tarefa até ao fim? Porque só para Presidente da República contabilizámos 16 interessados. Pensámos imediatamente desistir, visto ser uma estopada do catano estar a aturar tantos gambozinos. Mas não, decidimos aguentar a panada para que ninguém nos acuse de estarmos a beneficiar a candidatura de Cavaco Silva. Certamente encontrarão nomes nunca antes ouvidos, mas garantimos que de uma forma ou de outra, esta gente, nalgum momento, pensou candidatar-se às Presidenciais 2006. Tentaremos introduzir as entrevistas com uma minúscula biografia, de modo a ninguém fazer o papel de homem-invisível.
Estas entrevistas também têm as suas regras. Como seria de esperar, o sorteio das entrevistas foi condicionado (pelo trânsito e pelo frio que se tem sentido). Decidimos ir contra todos os cânones pré-estabelecidos e pensámos enviar as respostas (ao invés das corriqueiras perguntas). Seriam então os entrevistados a escolher as perguntas que melhor lhes conviriam, ou não. Num rasgo de lucidez e clarividência decidimos não o fazer. Porquê? Porque nós assim decidimos e assim será. Colocaremos 6 questões à disposição dos candidatos que responderão na medida do possível. As entrevistas seguirão dentro de momentos.

E porque se aproxima lancinantemente a época natalícia, no final, poderá efectuar um compêndio das 16 entrevistas (e esta declaração de intenção de entrevistá-los como prefácio, já agora), encadernado a couro (retirado da rena Rudolph) e cozido à mão pelos Duendes do Pai Natal. Para isso basta enviar-nos um cheque em branco e ao portador para profi_trollls@hotmail.com (caso não assine o cheque, junte fotocópia do Bilhete de Identidade que nós não adivinhamos a sua assinatura).

Tuesday, December 06, 2005

Cardeal in pectore

Creio ter descoberto o Caredal in pectore! Falo daquele Cardeal que ninguém sabe quem é, feita excepção ao Papa. Por norma, esta forma é utilizada em países onde ainda perseguem o Cristianismo (tipo China e assim).

E agora um rufo de tambores:

Brrrumm!
Tumtum!
Brrrumm!
Tumtum!
Brrrumm!
Tumtum!

Para mim, João César das Neves é o Cardeal in pectore!

Porquê?
É preciso perguntar? É só lê-lo ou ouvi-lo (acredito até que, só de o ver se fica com essa sensação, nem que seja só de raspão...)!

Por exemplo:

"Como os contribuintes são, na sua esmagadora maioria, cristãos, tal como os professores e alunos, é normal que haja crucifixos nas salas de aulas." (texto via Propriedade Privada)

Uma pérola, uma autêntica pérola!
É o gajo! Para mim é o gajo!

Saturday, December 03, 2005

Revolução no mundo das fábulas

Em Portugal, segundo o último censo, vivem 300 lobos.

A afirmação é do investigador Francisco Petrucci Fonseca.
Depois de ler esta frase maravilhosa fiquei em choque. Não no sentido de choco dito em algarvio, mas sim aterrorizado e com um ou outro espasmo muscular nos cabelos. A minha úlcera no duodeno não me dava descanso. Constatei algo que nem nos meus sonhos mais loucos imaginei: os lobos sabem escrever! Porquê? Se não soubessem, como poderiam eles preencher os impressos? Os censos não se preenchem com uivos (pelo menos os que eu já preenchi). Resta saber como aprenderam e como agarram numa caneta. Será que o investigador Fonseca inventou um dispositivo para eles escreverem? Será que vão à escola? E os lobitos, terão inglês no primeiro ciclo do ensino básico lupino? Será que também falam?


-Oh avozinha, porque é que tens umas patas tão grandes?
-É para escrever melhor...

"A posta rota" ou "A ICAR anda um pouco baralhada"

Ratzinger não quer "padres-pederastas" nas suas igrejas!


Mas... mas... mas... Existe essa entidade abstracta denominada "padre-pederasta"? Quererá isso dizer que um padre fanchão é admitido no rego da Igreja Católica? Sempre me explicaram que a razão pela qual um padre não casava era o seu amor e lealdade estarem consignados a Deus. Toda a "lógica" que sustentava um dos pilares da ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) desmoronou-se.
Quero abrir aqui um parêntesis para o facto de ter usado uma sigla: ICAR. Se por um lado se assemelha a um Instituto Estatal, por outro, pode quebrar o fosso de credibilidade entre si e, vá lá, a IURD...
Voltando aos "padres-pederastas", não consigo perceber qual a diferença existente, aos olhos da ICAR, entre um padre paneleirote e um heterossexual. Aos olhos da Santa Sé, seria diferente se Zezé Camarinha ou Zé Castelo Branco tivessem decidido servir a ICAR, tornando-se curas? Zezé seria aceite enquanto Zé não? E que tal não meterem lá dentro tudo o que seja tipo tarado? Com esses é que é necessário ter cuidado, digo eu! Mas quem sou eu, não é? Não é suposto um papa-hóstias ser uma espécie de ser "assexuado"? Alguém que adora Deus. Alguém que baseia o seu amor no divino e não no terreno, porque, esse sim, é o verdadeiro busílis da questão, ou seja, o que a ICAR está a colocar em causa. Um padre não só não pode (não deve?) cobiçar o decote de uma beata apetitosa, como não pode (não deve?) ambicionar observar o sacristão em tronco nu - os exemplos são decorosos porque não quero que me penitenciem com uns Pain-nossos e umas Ave-marias quando me for confessar. Joseph, põe mas é os padres a distribuir preservativos em África e eu até te ajudo a rebentar a boca de quem se portar mal dentro da classe dos clérigos.

PS: Com a patifaria que o Sócrates fez à ICAR (retirar das salas de aula o bibelot sagrado), em quem é que os curas dirão para os devotos de cada paróquia votar nestas presidenciais? O Soares tem razão quando diz que não o estão a apoiar... Só se safará se a Maria Barroso mexer os seus cordelinhos... Quem ganhará o voto do Clero?

PS ao PS anterior: Estamos em 2005 d.C.!