Aterrei ontem em Lisboa chegado de uma viagem da Fraaaança, com a senhora minha dama. Ficámos alojados em Paris, no Grand Hôtel de Paris, com as suas excitantes 5 estrelas! Bem, na verdade ficámo-nos por umas pornográficas 2 estrelas... É a vida! Em quatro dias vimos (quase toda) a cidade. Devido ao que caminhei, fiquei cerca de 3 centímetros mais baixo. Cheguei a temer chegar a Lisboa apenas com uns cotos, mas para gáudio do Ministro da Saúde, apenas passei a comprar sapatos dois números abaixo, não necessitando de qualquer tratamento cirúrgico.
Estávamos na recta final da estadia, acabados de sair do Musée d'Orsay, quando uma legião de motos-polícia e outros meios de transporte com luzes azuis em cima nos barra o caminho e atrasa irreparavelmente a chegada do transporte, do qual dependia a concretização do alinhamento da jornada: UM AUTOCARRO! Quem estava a passar? O nosso Presidente da República! Ao ver que nos tinham extirpado parte essencial do tempo disponível, iniciei aquilo a que denominei "A Minha Contribuição Para a Promoção da Língua Portuguesa em França"! Foi um chorrilho de vocábulos obscenos, do mais reles que possam imaginar, chegando ao ponto de criar novas alarvidades, enriquecendo ainda mais a nossa gíria. Foi esta a forma que encontrei para ajudar Sampaio na sua viagem a Paris, assim como ele nos ajudou na nossa!
Hoje ao acordar, o malogrado Dino Meira violou o meu pensamento com uma cançoneta sua:
Voltei, voltei;
voltei de lá.
Ainda ontem estava em França;
e agora já estou cá.
Logo depois, e sem avisar, o malogrado cedeu o seu espaço ao cançonetista português vivo que mais me faz chorar, de sua graça, Marante:
Cheguei, cheguei;
já cheguei ao meu país.
Trouxe saudades comigo;
quando parti de Paris.
É nestas alturas que nos sentimos próximos de Linda de Suza e a sua Mala de Cartão...
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