Vídeos com alguma facécia

Agora é possível desfrutar de alguns vídeos relacionados com os textos. Para isso basta carregar no título do post. O título é aquela coisa a Negrito, com umas letras maiores, e que antecede as profícuas palavras deste blog. Advertência: Caros leitores, estão completamente proibidos de ver os vídeos antes de lerem as barbaridades escritas, correndo o risco de serem atingidos por uma comichão deveras desagradável na zona da púbis, seguido de pé-chato nas mãos e escorbuto nos tornozelos.

Wednesday, February 09, 2005

"Os enteados da meretriz"

Estádio da Luz, Lisboa.

15 de Dezembro de 2001. Chove, estamos no Benfica - Sporting em que se decide a liderança do campeonato. Depois de um jogo brilhante, a vencer por 2-0, a única equipa de futebol em campo vê uma grande penalidade assinalada contra si pelo Sr. Árbitro. Porquê? Simples... Jardel faz o "salto-da-corça-arraçada-de-bambi" e cai sem qualquer contacto com o central.

Grita-se: "Filho da puta!!! FILHO DA PUTA!!!"
Vocês gritaram? Eu gritei.

Quem era? Jardel? O árbitro? PC? Não se sabe. Aliás, até é provável que cada uma das dezenas de milhares de gargantas que vociferavam tivesse um alvo diferente. Mas estou a divagar...

O que quero trazer aqui é a própria expressão "filho da puta".
Supondo que a Sra. Dona Mãe-do-Árbitro exercia, de facto, uma profissão de cariz sexual e completamente livre de impostos, quantas pessoas saberiam disso? (este número torna-se particularmente reduzido se excluírmos os taxistas da nossa amostra)

Ora, se a larga maioria das pessoas que insultam não sabem sequer se o que afirmam sobre a mãe da pessoa em causa é verdade, estamos perante um insulto dirigido à própria pessoa.

Assim sendo, porque não liberalizar a expressão e passar a ter "*familiar* da puta"?

Algo como "sobrinho da puta", "primo da puta" ou, quem sabe, "neto da puta"?
É continuar... "irmão da puta", "trineto da puta", "filho-adoptado da puta"!
O terror (ou não!) de qualquer progenitor: "pai da puta"!

E porque não suavizar a coisa e atirar com um "amigo da puta", "vagamente-familiar da puta" ou até um "conhecido-de-vista-da-puta"? Só para não ofender tanto!
A usar em situações mais formais: parece que estou a ver um magistrado a soltar "o Dr. não está a ser sério e o seu comportamento assemelha-se ao de um amigo de meretriz!"

Aqui temos outra questão de estilo: "de" ou "da"? "filho de puta" parece vagamente mais púdico e sibilante, ao passo que "filho da puta" é aberto e boçal... experimentem e decidam: "Pick your weapon, gentlemen"!

E agora algo mais perturbador... "marido da puta"? Ou deverá, nesse caso, simplificar-se para "cabrão" ou uma variante de "cornudo"? Sem dúvida uma questão de fundo e que será certamente alvo análise num próximo post.

P.S. Este post era originalmente para ser qualquer coisa relacionada com a namorada/amante do Sr. Jorge Nuno, mas depois achei melhor não e acabei por escrever sobre putas.

No comments: