Nem esquerda, nem direita, Portugal e os portugueses
(um emigrante para Presidente)
(um emigrante para Presidente)
Nelson Magalhães Fernandes, natural de Vouzela, nascido em 1955, é candidato a Presidente da República Portuguesa, nas Eleições Presidenciais a terem lugar em Portugal no ano de 2006. Tem cinco filhos e pondera ainda bater o número de Roberto Carneiro, uma vez que procriar é um gosto. Em 1978 emigrou para Inglaterra, acabando por regressar mais tarde para ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. As dificuldades económicas e o pé de atleta levaram-no novamente para fora, nomeadamente para a Suiça, onde trabalha como chefe de mesa. Nelson Fernandes foi candidato da Nova Democracia pelo Círculo da Europa nas anteriores Legislativas, não tendo no total de votos o somatório do seu agregado familiar recenseado. Como bandeira apresenta a portuguesa. Defende a união dos portugueses, a defesa dos que vivem lá fora (emigrantes, não confundir com sem-abrigo) e a juventude. Acredita que a façanha de se candidatar não deixa de ser uma loucura (que o próprio acredita necessitar de acompanhamento médico especializado), embora espere que, pelo menos, sirva para passar a sua mensagem (uma vez que ainda não aprendeu a enviar mensagens escritas do novo telemóvel).
-O que o levou a candidatar-se?
Levou ou leva? Hehehe, piada de chefe de mesa, sabe como é… É um sonho antigo. Ainda hoje acordo todo transpirado. Tomo uns comprimidos e embora ainda não esteja totalmente curado, já deixei de acordar com uma faixa tipo miss e a condecorar pessoal a torto e a direito. Não sabe o que é acordar no dia 10 de Junho a pensar que tinha acabado de condecorar a Paula Bobone. A minha candidatura prende-se com a juventude que está em Portugal e os emigrantes. Um terço dos portugueses (a população portuguesa que se estima emigrada) não tem voz no que é legislado em Portugal. SAI UM RÖSTI! E nem a Mebocaina nos pode salvar. É como se nos mantivessem permanentemente constipados e roucos. Temos de reconciliar os portugueses que estão dentro com os que estão fora, e sinto ser esse o meu desígnio (além de um tremendo jeito para fazer chefe de mesa). UMA COLA PARA A MESA 3!
-Pondera fazer uso da Bomba Atómica (dissolver a A.R.) caso tenha uma espongivite, magipose ou gases, e o Primeiro-Ministro não faça tensão de o ajudar?
Quando estive em Inglaterra tive três magiposes derivado do frio. Não sei se sabe mas o frio potencia o vírus e o dia todo em pé rebenta-me as cruzes. Curei-me com vinagre em pó, colocado no períneo, a cada 12 horas. Felizmente nunca sofri de espongivite, mas o meu calcanhar de Aquiles são, sem dúvida, os gases. O meu pai, quando eu era mais moço, chamava-me o pequeno géiser (pequeno para eu não ficar demasiado pedante)! UM PRATINHO DE COUVES DE BRUXELAS PARA A MESA 5! Mas na Suiça, o gás é mais considerado; uma ou outra flatulência até fica bem no meio de certas conversas. É cordialidade, é anuência! Isso é outro factor que me entristece. Um expatriado quando se bufa é olhado de lado; em Portugal um qualquer residente larga-se e é aplaudido de pé. Não pode acontecer, e o Governo, na pessoa do Primeiro-Ministro, tem todo o poder para fazer fenecer esta desigualdade legislando nesse sentido, logo, dissolvia, sem sombra de dúvidas a Assembleia da República. SAI UM FONDUE DE QUEIJO!
-Em que medida se sente apoiado por um partido, um inteiro ou outra coisa qualquer?
Como sabe fui candidato pelo Círculo da Europa pelo partido da Nova Democracia. O Dr. Manuel Monteiro é um visionário – pelo menos ele diz que já vê melhor desde que acertou a graduação. Mas nestas eleições decidi ir sozinho. O meu apoio é a massa de emigrantes que grassa pelo planeta Terra. Mais planetas habitados existissem e mais portugueses encontraríamos emigrados. MANEL, ARRANJA-ME ESSE LAÇO, CARAÇAS! O QUE É QUE OS CLIENTES VÃO PENSAR? E LEVA O MOSCATEL À MESA 1! É o nosso fado (embora não desdenhemos uma cançoneta do Quim Barreiros)! Sinto que a massa emigrante (e aqui também uso a palavra massa no sentido de capital) pode fazer muito por Portugal. As Transferências dos Emigrantes têm um peso desvalorizado pelos governantes. A nível da Contabilidade Nacional as Transferências de Emigrantes têm a sigla TR (ou Tr). Até aqui se nota a depreciação. Onde anda a referência aos Emigrantes? Porque não TRE (ou TrE)? Eu frequentei Direito mas tive cadeiras de Economia, e não me saí nada mal. Quer dizer, nessa altura estava mais cheio e as ombreiras das portas por vezes placavam-me. OLHA A CONTA P’Ó DR. AUCHAN, CATANO!
-Caso tenha poderes para tal, pondera vender a Madeira? E os Açores? E o Continente?
Essa é uma questão que desde sempre me afligiu. E quando digo desde sempre posso perfeitamente estar a falar de ontem. A Madeira e os Açores são locais que também sofrem. Mas esses são recompensados monetariamente pelo Estado português para sofrerem. Nós nicles batatoides. A Madeira e os Açores são ilhas, e assim sendo, desde que pelo valor certo, poderia vendê-las para fazer uns anexos no meu chalet em Trás-de-Outeiro. Também podia colocar aquela fonte com a estátua do miúdo a fazer a mijoca, saindo a água pela ponta do falo, como é óbvio, que eu não tenho mau gosto. Mas pensando melhor, as telhas pretas envernizadas ou até os azulejos na fachada seriam prioritários. O VINHO JÁ DEVIA TER PASSADO DO GARRAFÃO PARA AS GARRAFAS! QUANTAS VEZES JÁ VOS EXPLIQUEI?! E NÃO SE ESQUEÇAM DE PÔR AÇUCAR E AGITAR NO FIM! Mas estou a falar de azulejos de qualidade superior. Daqueles com base lilás e com umas petúnias cien desenhadas, a acompanhar uma cabeça de javali numa cama de dossel, no canto superior de cada azulejo. O que eu gosto de azulejos pinocas. No fundo, não confirmo nem desminto. É sempre uma situação a pensar.
-Coloca a hipótese de o poder lhe subir à cabeça (ou a outros locais à sua escolha)?
Hahaha! Meu amigo, alguém que chegou a chefe de mesa não se deslumbra com o cargo de Presidente da República. Não é um cargo menor, mas não dá as gorjetas aqui do restaurant. Todos os dias lidamos com gente do mais importante que há por aí fora. Desde o Eusébio à Romana, passando pelo Tony Carreira ou até à Teresa Guilherme. Quer se dizer, não é?! Até me deu vontade de rir. EPÁ, PORRA, AS CHALCHICHAS ESTÃO A ARREFECER NA COZINHA E TU ESPECADO A OLHAR PARA A TELEVISÃO! TOCA A ANDAR! E relativamente aos lobbies, não precisam de se preocupar. O que eu passo todos os dias por causa do lobby dos bifes bem-passados versus mal-passados. Até manifestações fazem à porta. Mas eu não cedo. Aliás, nem cedo nem tarde! E à noite muito menos! Se é mal-passado é mal-passado, e acabou! Comigo ninguém faz farinha. Ainda está para nascer mó que me moa!
-Já conhecia o Profi Trolls?
Cá no restaurant, uma vez por semana, a sobremesa é isso. Eu sou-lhe sincero, prefiro leite-creme ou uma moussezinha caseira, mas conhecer, óbvio que conhecia, ou não fosse eu chefe de mesa! CARLOTA, PORRA, AS BRINGELAS SÃO PARA HOJE OU PARA AMANHÃ? QUEREM DEIXAR O FUTURO PRESIDENTE MAL VISTO NA COMUNIDADE? NÃO TARDA NADA É TUDO DESPEDIDO, Ó CAMANDRO!
Foi a Entrevista Possível. Obrigado!
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Já só faltam 14...
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