Outro concurso muito em voga é o do risinho irritante vs gargalhada alarve. Neste caso não é propriamente um concurso mas sim um complemento. Em qualquer espectáculo cómico-humorístico (especialmente se os actores disserem merda, cu, mamas e abusarem de piadas ordinárias), o público português ri de forma competitiva. Mais uma vez é a realidade empírica que me acompanha. Na Mira do Gordo, Lisboa, CCB; a senhora A, atrás de mim, ri de uma forma parva de uma semi-piada. Outra senhora (B), um pouco mais à esquerda, olha de soslaio. Na oportunidade seguinte o seu riso (estúpido) abafa o da senhora A. A senhora A agita-se na cadeira. Oportunidade seguinte, a senhora A berra de riso, numa piada falhada de Jô Soares. Não olharam todos para ela porque a senhora B bramiu desalmadamente enquanto C, D, E, F, G, H, etc, já se juntaram à festa. Está instalado o concurso: Quem ri de forma mais atoleimada, mas simultaneamente alto para catano? Quando se instala o concurso, o espectáculo deixa de existir. O concurso sobrepõe-se. Por vezes estamos perante um concurso com metade dos espectadores. Está na altura de sair da sala. Desculpa Jô, não tens culpa nenhuma...
Vídeos com alguma facécia
Agora é possível desfrutar de alguns vídeos relacionados com os textos. Para isso basta carregar no título do post. O título é aquela coisa a Negrito, com umas letras maiores, e que antecede as profícuas palavras deste blog.
Advertência:
Caros leitores, estão completamente proibidos de ver os vídeos antes de lerem as barbaridades escritas, correndo o risco de serem atingidos por uma comichão deveras desagradável na zona da púbis, seguido de pé-chato nas mãos e escorbuto nos tornozelos.
Wednesday, June 01, 2005
Concursos no submundo do espectáculo
Sempre que vou ao teatro ou ao cinema deparo com concursos extra-espectáculo. No cinema presencio constantemente o concurso da tosse. Não existe local mais indicado do que uma sala de cinema para encontrar todo o género de catarreiros existentes. Não é exagero, é o empirismo a falar. É possível proceder ao seguinte exercício: 90 minutos numa sala de espera nas urgências de um hospital de elevada afluência vs 90 minutos numa qualquer sessão de cinema. O resultado é mais surpreendente que a encenação de Sócrates ao saber do défice real. A sessão de cinema ganha por KO técnico. Estudos relativos aos decibéis emitidos mostram que a tosse cinéfila suplanta a tosse hospitalar. No meu ponto de vista, todos os elementos tossentes numa sessão de cinema guardam a sua tosse para o momento em questão. Não é por acaso. É premeditado e com requintes de malvadez. Assim que se apagam as luzes, um ligeiro cof, cof invade a sala. Para evitar a tosse durante o filme? Puro engano! É o afinar da tosse. Assim como um músico afina o seu instrumento antes de um espectáculo, os tossentes, cofam para colocar a tosse. Depois do exórdio do filme, estamos perante um concurso onde os mais velhos têm o papel principal. Torna-se muito mais fácil para pulmões (ou pulmão) desgastados e corroídos emitir aquela tosse. Aquela que não nos deixa em paz durante toda a sessão. Uma medida interessante seria trocar o apoio para copos por escarradores.
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2 comments:
A mim o que mais me enerva actualmente e já quase não consigo ir ao cinema são os putos. Quando vão em grupo, é barulho, é risinhos, é piadas, enfim, é de perder a cabeça.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzztttttttttttttttttttttttttttttt
zzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZttttttttttttttttttttttttttZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzpara mim o pior são as moskas
Jack Linden
http://blackoutin.blogspot.com
a viajar na maionese
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