Agosto. Dezasseis e trinta (mais coisa menos coisa). Continuo branco. O resto do Algarve está moreno. Eu não. O meu ponto de partida no que respeita a bronzeado situa-se atrás de um gótico albino.
Começo a ressacar porque ainda não li A Bola. Decido desafiar a patroa a abandonarmos a piscina e a deslocarmo-nos até à tabacaria mais próxima. Ela acede. Distância: cem metros (mais coisa menos coisa). Decido, num gesto de incontida rebeldia, fazer a viagem mostrando o meu parco tufo “entrepeitos”. Lá vamos nós, ela composta, eu em tronco nu, qual bife. Compro A Bola. Os suores frios e os tremores nas pernas diminuem substancialmente.
A patroa lembra-me que deveríamos comprar uma gostosa paiolada para o farnel que comummente nos acompanha nas visitas àquele local onde a areia prolifera e a água é salgada. Decido aceder, visto o supermercado ser na porta ao lado. Continuo a mostrar o meu tronco em V (mais coisa menos coisa). Dou doze passos (mais coisa menos coisa) já dentro da superfície comercial quando a patroa encontra uma superiora hierárquica. Sou apresentado. Não sei se já alguém se esqueceu, mas eu estou despido da cintura para cima, em pleno supermercado, e não sou inglês. Todo eu transpirava a questão: mas o que é que me passou pela cabeça para não trazer a t-shirt? Mas porquê?
Depois deste episódio, ninguém mais pôde apreciar os meus mamilos e o meu umbigo (se bem me lembro, nem eu próprio), durante o resto do Verão. Nem a patroa. Mesmo nos momentos mais íntimos, a t-shirt lá está, não vá aparecer outra superiora hierárquica.
Começo a ressacar porque ainda não li A Bola. Decido desafiar a patroa a abandonarmos a piscina e a deslocarmo-nos até à tabacaria mais próxima. Ela acede. Distância: cem metros (mais coisa menos coisa). Decido, num gesto de incontida rebeldia, fazer a viagem mostrando o meu parco tufo “entrepeitos”. Lá vamos nós, ela composta, eu em tronco nu, qual bife. Compro A Bola. Os suores frios e os tremores nas pernas diminuem substancialmente.
A patroa lembra-me que deveríamos comprar uma gostosa paiolada para o farnel que comummente nos acompanha nas visitas àquele local onde a areia prolifera e a água é salgada. Decido aceder, visto o supermercado ser na porta ao lado. Continuo a mostrar o meu tronco em V (mais coisa menos coisa). Dou doze passos (mais coisa menos coisa) já dentro da superfície comercial quando a patroa encontra uma superiora hierárquica. Sou apresentado. Não sei se já alguém se esqueceu, mas eu estou despido da cintura para cima, em pleno supermercado, e não sou inglês. Todo eu transpirava a questão: mas o que é que me passou pela cabeça para não trazer a t-shirt? Mas porquê?
Depois deste episódio, ninguém mais pôde apreciar os meus mamilos e o meu umbigo (se bem me lembro, nem eu próprio), durante o resto do Verão. Nem a patroa. Mesmo nos momentos mais íntimos, a t-shirt lá está, não vá aparecer outra superiora hierárquica.
5 comments:
Amafas no seu melhor: óptimo texto.
ó Amafas, mas vê lá a perspectiva da tua patroa. Na volta vai ser gozada lá no trabuco... e isso é coisa que traumatiza qualquer um. Há que convir, a modos de que.
Hmm, quem sabe a "superiora hierárquica" não era adepta do top less??? :p
Vê o lado positivo: pode ser que a superiora hierárquica tenha gostado do que viu e dê um aumento de salário à tua patroa, hum?
Bom!!!!
E depois?????
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