Vídeos com alguma facécia

Agora é possível desfrutar de alguns vídeos relacionados com os textos. Para isso basta carregar no título do post. O título é aquela coisa a Negrito, com umas letras maiores, e que antecede as profícuas palavras deste blog. Advertência: Caros leitores, estão completamente proibidos de ver os vídeos antes de lerem as barbaridades escritas, correndo o risco de serem atingidos por uma comichão deveras desagradável na zona da púbis, seguido de pé-chato nas mãos e escorbuto nos tornozelos.

Friday, September 30, 2005

"Felgueiras - Compra e Venda de Automóveis"

Curto e grosso: Fátima Felgueiras volta loura a Portugal, entra no Tribunal e sai sob a medida de coacção mínima, pronta para a corrida!

O Governo não soube antecipadamente da vinda da Fatinha. A Polícia também não. Foi tudo espontâneo. O PS não sabe nada sobre a Sede de Campanha e nega qualquer relação com o financiamento à corrida da loura. Se calhar foi um engano.

Eu não sou ingénuo, mas da primeira vez que ouvi falar em "FORNICAR", pensei que fosse um stand de automóveis.

Wednesday, September 28, 2005

Testículos

A Ronald Koeman, no jogo Manchester United vs Sport Lisboa e Benfica, faltaram apenas duas coisas:

-dois órgãos reprodutores dos animais masculinos, alojados numa bolsa, e responsáveis pela produção das células e hormona sexuais masculinas.

Relativamente ao burburinho pelo facto de a equipa inglesa não actuar com diversos titulares, não olvidar que o Benfica também actuou sem um treinador titular!

Friday, September 23, 2005

A próstata de Soares valerá 5% nas sondagens?

Mário Soares, na sua viagem ao Brasil, explicou que está muito bem de saúde, tem as suas artérias em perfeita condição, nunca teve nenhum problema cardíaco, e até a sua próstata está no sítio e de plena saúde.

Resta saber, para quem estava o candidato às Presidenciais a falar? Para quem critica a sua idade na corrida a Belém ou para a sua mandatária para a juventude: Joana Amaral Dias...

Thursday, September 22, 2005

Militares preparam nova manifestação recorrendo a cães

As associações de militares prometeram continuar a lutar "pelo direito" de se manifestarem, sublinhando que os membros das Forças Armadas "são cidadãos como os outros e devem poder exprimir" publicamente a sua insatisfação. Duas mil pessoas manifestaram-se hoje em frente da Assembleia da República contra as novas regras da reforma e do sistema de saúde nas Forças Armadas, num protesto pacífico organizado pelos familiares dos militares (maioritariamente mulheres, amantes e companheiras sexuais esporádicas). Surpreendendo tudo e todos, as associações militares prometeram futuras acções, sempre contornando o impedimento que afecta as concentrações públicas de militares, bramindo impropérios ao Governo ou espargindo insultos ao Ministro da tutela.

"A próxima manifestação será efectuada pelos cães dos militares e contamos obter uma presença superior a esta última concentração pública. O poder político pode descansar. Não comparecerão os cães-polícia, apenas cães civis. Na última reunião ficaram várias possibilidades em cima da mesa (a ponto de não caber mais nada em cima dela - e era bem grande). Já se fala em manifestações de carros telecomandados, aeromodelismo, sobrinhos afastados e até bigodes. A nossa luta não vai parar. Nem que gastemos o nosso salário em pilhas. Agradecemos novas sugestões como forma de luta contra esta política desmilitarizante e parva. É uma política parva. Raios!"

Tuesday, September 20, 2005

A Puta do Futebol I

Adaptação (muito, muito, muito livre) à realidade portuguesa, do conto de Woody Allen, A Puta de Mensa (The Whore of Mensa). Conto dividido em três actos (adaptação elogiada pela generalidade da crítica, referindo-se-lhe como uma cagada em três actos).


A Puta do Futebol

Um detective não é detective se não seguir os seus instintos. Quando me entrou pelo escritório um tipo com um bojo da Rebordosa até ao Piodão de nome Tó-Mané e colocou a nu as suas preocupações eu devia ter bebido mais um Cacique.

-Inspector Ventoinha?

-Sim!?

-Tem de me ajudar. Estou a ser chantageado.

-Conte-me tudo.

-Não conta à minha mulher?

-Vá, conte-me tudo!

-Eu trabalho - disse. - Comercial.

-E?

-Ando muito na estrada e sinto-me só, percebe? Não é o que está a pensar. Basicamente, sou um apaixonado por futebol. É claro que um gajo pode conhecer todas as broas que quiser. Mas uma mulher que saiba discutir futebol... não se encontra do pé para a mão.

-Continue.

-Bem, ouvi falar de uma rapariga. Dezoito anos. Estudante na Faculdade de Motricidade Humana. Paga-se um tanto e ela vem discutir um tema qualquer... a lei do fora-de-jogo, os frangos do Ricardo, a alta-pressão do Peseiro. Está a ver a ideia?

-Nem por isso.

-Ou seja, a minha mulher é óptima, mas não discute uma defesa em linha comigo. Ou a ida ou não do Baia à Selecção. Não sabia isso quando me casei com ela. Preciso de uma mulher que me estimule futebolisticamente, Inspector. E estou disposto a pagar por isso. Não quero uma relação, só a conversa rápida e depois que se vá embora.

-Há quanto tempo isto dura?

-Seis meses. Sempre que sinto desejo, ligo à Dona Paula. É uma Madame, ex-árbitro de futebol de salão, cursada em Desporto e professora de Educação Física durante muitos anos. Ela manda-me uma rapariga, percebe?

Tive pena do coitado, tinha um fraco por mulheres que percebiam o fenómeno do futebol. Deduzi que não seria caso único.

-Ela ameaçou contar à minha mulher!

-Quem?

-A Dona Paula. Puseram o quarto da pensão sobre escuta. Têm gravações em que discuto as opções do seleccionador nacional, a capacidade financeira do Benfica e disserto sobre o tom de voz do Ricardo. Ou pago dez mil euros ou falam com a minha mulher. A minha mulher morria se soubesse que discuto futebol com outras.

O velho negócio das raparigas de programa. Já tinha ouvido falar de um grupo de mulheres que percebiam de futebol, mas ficou tudo em águas de bacalhau - a investigação não avançou.

-Ligue aí à Dona Paula.

-O quê?

-Vou aceitar o caso, Tó. Mas ganho três garrafas de Cacique e dez pacotes de amendoins por dia.

-Não me vai custar dez mil euros, de certeza - disse ele. Num sorriso, sacou do telemóvel e marcou um número. Saquei-lho e pisquei o olho. Começava a simpatizar com o Tó-Mané.

continua...

A Puta do Futebol II



A Puta do Futebol (continuação)


Segundos depois respondia uma voz langanhosa e eu disse o que queria:

-Parece que me pode ajudar a combinar uma hora de boa conversa - disse.

-Claro querido. Qual era a tua ideia?

-Gostava de discutir sobre o Mantorras.

-Dissertar sobre o joelho ou especular sobre a idade?

-Qual é a diferença?

-O preço! O joelho implica conhecimento de medicina.

-Quanto é que isso me custa?

-100 € para o joelho. Quer uma discussão comparativa... Pedro Mantorras versus Marco Van Basten? Podia arranjar-se isso por 100.

-Ok!

-Prefere loira ou morena?

-Surpreenda-me - disse eu e desliguei.

Vesti o fato de treino, a peúga turca branca com a raquete de téni, o sapatucho de verniz e limpei a cera dos ouvidos com a unha (postiça) do mindinho. Depois consultei na internet tudo o que estava disponível sobre as lesões de Mantorras e Van Basten. Menos de uma hora depois batiam à minha porta. À minha frente estava uma jovem ruiva, de fato de treino do Fafe, com uns ténis com cerca de 15 anos da LA Gear. Nas mãos trazia duas sandes de coirato e duas minis.

-Olá, sou a Ticha.

Sabiam mesmo excitar-nos a fantasia. Rabo-de-cavalo a sair de um boné da Selecção Nacional, bolsa à cintura, almofadinha para não magoar o rabiosque.

-Começamos? - disse eu. Ela acendeu um cigarro e pôs-se ao assunto.

-Acho que poderíamos começar por falar na primeira operação do Mantorras. No fundo dissecar as opções do departamento médico do Benfica e a consequente dispensa do médico Bernardo Vasconcelos, sabendo que uma coisa está ligada à outra.

-Mas o Mantorras já tinha os joelhos fracos, assim como o tornozelo do Van Basten. Não podemos imputar todas as culpas aos departamentos médicos. - Eu estava a fazer bluff. A ver se ela caía.

-Sim, o médico seguinte também fez asneira. Além disso, os dois jogadores tiveram imensos problemas anteriormente, o que demonstra a fraca fiabilidade intrínseca dos atletas. - Caiu.

-Exactamente.

-Acho que os carniceiros desses médicos pioraram a situação de dois jogadores já de si carunchosos. Não concorda?

Deixei-a continuar. Nem devia ter 19 anos, mas já tinha o calo da ida aos estádios e da luta entre claques. Mas era tudo mecânico. Sempre que eu lhe dava uma ideia, ela fingia uma reacção.

-Sim, de facto o Cugat disse que ele nunca mais seria o mesmo. Essa é básica... como é que não me passou tal coisa pela cabeça?

Falámos cerca de uma hora e ela disse que estava na hora. Levantou-se e eu dei-lhe nota 20 (qual Marcelo).

-Obrigada, querido.

-Podes ter muito mais.

-Que queres dizer? - sentou-se outra vez.

-Faz de conta que queria duas raparigas a explicar-me a táctica de jogo do Mourinho nos jogos da época passada.

-Oh, uau!

-Mas se não quiseres...

-Terias que falar com a Dona Paula. E ficava-te caro!

Era altura de apertar com ela. Mostrei-lhe o crachá de detective e disse-lhe que ia de cana.

-Quê?

-Discutir futebol por dinheiro dá uma estadia grátis na Penitenciária mais próxima! Vais cumprir pena!

-Miserável!

-É melhor confessares! - Pôs-se a chorar.

continua...

A Puta do Futebol III

-A Puta do Futebol I
-A Puta do Futebol II


A Puta do Futebol (continuação)

-Não me entregue! Precisava do dinheiro para pagar as propinas da faculdade. Desde que duplicaram o preço das propinas vivo na miséria e recusaram-me a bolsa. Por duas vezes. Oh, meu Deus!

E lá veio o chorrilho todo - a história completa. Criada em Benfica, campos de férias em escolas de futebol, pai fanático do Fófó. É a típica miúda que não brincou com Barbies mas sim com uma bola Nike.

-Precisava do dinheiro. Uma amiga minha disse que conhecia um tipo que gostava de falar de futebol com a mulher mas não o podia fazer. Ele estava numa de Selecção! E eu disse, se ele pagar, falo da Selecção com ele. No princípio estava nervosa. Fingi uma data de coisas. Ele não se importou. A minha amiga disse que havia outros. Já fui presa antes. Fui apanhada a comentar a conquista da Liga dos Campeões pelo Porto, num banco de trás dum carro estacionado, e doutra vez fui detida e revistada no Colombo, depois dum jogo do Benfica. Mais uma e sou três vezes desgraçada.

-Então leve-me à Dona Paula. - Ela mordeu o lábio.

-O cabeleireiro do Beauté é uma fachada.

-É?

-Como aqueles compradores de iates que vão para presidente do Benfica como fachada. Vai ver. - Fiz uma chamada rápida para a sede e depois disse-lhe:

-Tudo bem, está safa. Mas fique por estas bandas.

-Posso arranjar fotografias do Pacheco Pereira a ver e a comentar um Guimarães x Braga - disse.

-Fica para a próxima.

Entrei no cabeleireiro do Beauté. A assistente veio ter comigo.

-Posso ajudar? - disse.

-Ando à procura de quem me possa fazer o corte de cabelo do Abel Xavier. Queria saber se é possível?

-Vou ver.

-Foi a Ticha que me mandou - disse eu.

-Ah, nesse caso passe lá para trás - disse. Carregou num botão. Abriu-se uma porta atrás de um secador de cabelo e eu entrei como um cordeirinho nesse trepidante palácio do prazer conhecido como Paula's.

Posters da Selecção Nacional e dos melhores jogadores da actualidade preenchiam as paredes, todo o décor cheirava a futebol. Raparigas pálidas e nervosas, de fato-de-treino e boné esparramavam-se indolentes em sofás, visionando jogos de futebol na TV ou folheando edições antigas de Cadernos A Bola, provocantes. Uma loira com um grande sorriso piscou-me o olho, indicando, num aceno de cabeça, um quarto no andar de cima e disse:

-Fanático de estilos arrojados, hein?

Mas não eram só experiências intelectuais - também ofereciam experiências emocionais. Disseram-me que por 150 € se podia ter uma relação sem intimidade. Por 300 €, a rapariga emprestava-me cassetes do Campeonato do Mundo México 86, jantar, e depois deixavam-nos ficar a vê-la ter uma crise de angústia enquanto a sua equipa (qualquer que fosse) perdia num qualquer jogo. Por 400 € podia-se ouvir um relato da bola com gémeas. Por 500 €, tinha-se o trabalho completo. Uma brasileira magrinha e morena fingia ir buscar-nos ao Colombo, víamos juntos um jogo do Benfica, discutia violentamente, em pleno estádio, as opções tácticas do treinador, insinuando que a mãe do árbitro exercia a sua profissão pela calada da noite, a céu aberto, e depois fingia rasgar o cartão de sócia do SLB (em caso de derrota) - o serão perfeito para alguns. Bela negociata. Grande cidade, Lisboa.

-Gostas do que vês? - disse uma voz atrás de mim.

Virei-me e de repente dei de caras com um verylight apontado à minha cabeça. Tenho o estômago forte, mas desta vez deu uma volta e tanto. Era mesmo a Paula. A voz era igual, mas Paula era um homem. Tinha a cara escondida por uma máscara.

-Não vais acreditar - disse ele - sou do Fafe. No entanto, nem gosto de futebol por aí além.

-É por isso que usas máscara?

-Engendrei um plano complicado para assumir o controlo da Federação Portuguesa de Futebol, mas para isso tinha de me fazer passar por Gilberto Madail. Fui a Badajoz fazer uma operação. Há um médico que dá às pessoas feições de jogadores e dirigentes desportivos - e isso tem um preço. E correu mal. Saí de lá parecido com o Miguel com a voz do Ricardo. Foi quando comecei a trabalhar à margem da lei.

Muito depressa, antes que ele pudesse lançar o engenho pirotécnico, entrei em acção. Lançando-me para a frente, dei-lhe uma cotovelada na maçã de Adão e agarrei o verylight. Tombou por terra como um saco de tubérculos. Ainda estava a choramingar quando a polícia chegou.

-Bom trabalho, Inspector Ventoinha - disse o comandante Piruças. - Quando despacharmos este tipo, a PJ quer ter uma conversa com ele. Uma coisita que mete uns jogadores amadores e umas cassetes dos Donos da Bola. Levem-no rapazes.

Mais tarde, nessa noite, procurei uma antiga cliente minha chamada Tolentina. Era maori. Tinha-se formado com distinção. A diferença é que se tinha formado em Literatura Estrangeira, com Mestrado em Literatura Subsaariana. Soube-me bem!


FIM

Thursday, September 01, 2005

"Zheimer"

Ao que consta, Soares já tem na ponta da língua a resposta às perguntas incómodas sobre o porquê de dizer branco e fazer preto, no espaço de 2 meses: "Zheimer... Alzheimer"
Apesar do seu aspecto de puto reguila, duvido que alguém não acredite na desculpa...

"Post Geriátrico", por J.M.Parkinson

JMP: Olhe, desculpe... queria postar se faz favor!

Sr. do Blog: O Shôr ainda é muito novo para postar, não deve ter mais que 18 anos...

JMP: Novo? E se tivesso o contrário, 81, era velho, não??

Sr. do Blog: Isso não sei, mas o "Sr-que-é-fixe" tem 48, não é? ....não!?!??!


Força Soares, estamos contigo!