Os parques de estacionamento subterrâneos colocam em mim uma pressão a que não estou habituado. Quer seja pelas voltas a que estamos obrigados até chegarmos ao piso -15, quer seja pela sensação de estarmos a entrar em terreno desconhecido, leva-me a atingir ponto-nervoso. É bem verdade. Chego por vezes a sentir-me mal. Ora esse desconforto provém de mil e uma coisas, a que agora vos vou poupar, senão não saíamos daqui hoje.
A visita a um parque subterrâneo de estacionamento encerra em si (e em mim, muitas vezes) todo um ritual de terror que se apodera da minha pessoa.
Assim que ultrapassamos o nível -1, acredito piamente que a qualquer momento posso cruzar-me com Júlio Verne. Esta minha paranóia não costuma deixar um ambiente muito saudável no veículo em que me encontro, já que não me posso cruzar com ninguém com barbas brancas que desato a gritar JÚLIO, OH JÚLIO!!!
Por outro lado, se ultrapassamos o nível -2, acredito que o calor e sufoco que se faz sentir resultam da proximidade crescente ao manto, ao núcleo terrestre e ao aparente abandono da crosta terrestre. É então que atinjo aquilo que já denominei como ponto-nervoso. Fico com os olhos raiados e exoftalmia, ao mesmo tempo que evacuo com a frequência de um burro. Vejo magma, sinto gases (e por vezes eu próprio largo-os) e deixo de respirar.
Tudo isto termina quando me dizem que não tenho que contribuir para o pagamento do estacionamento no parque.
A visita a um parque subterrâneo de estacionamento encerra em si (e em mim, muitas vezes) todo um ritual de terror que se apodera da minha pessoa.
Assim que ultrapassamos o nível -1, acredito piamente que a qualquer momento posso cruzar-me com Júlio Verne. Esta minha paranóia não costuma deixar um ambiente muito saudável no veículo em que me encontro, já que não me posso cruzar com ninguém com barbas brancas que desato a gritar JÚLIO, OH JÚLIO!!!
Por outro lado, se ultrapassamos o nível -2, acredito que o calor e sufoco que se faz sentir resultam da proximidade crescente ao manto, ao núcleo terrestre e ao aparente abandono da crosta terrestre. É então que atinjo aquilo que já denominei como ponto-nervoso. Fico com os olhos raiados e exoftalmia, ao mesmo tempo que evacuo com a frequência de um burro. Vejo magma, sinto gases (e por vezes eu próprio largo-os) e deixo de respirar.
Tudo isto termina quando me dizem que não tenho que contribuir para o pagamento do estacionamento no parque.
2 comments:
Eu asfixio. Tenho pânico, sofro de claustrofobia. Nunca desço abaixo do nível Zero!
Percebi perfeitamente o teu comentário lá. Querias dizer exactamente o quê? Quê!
eheheheheh
Não há dúvida: é neste blog que solto as melhores gargalhadas da blogosfera!
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